Dominação e Justiça Interseccional

A associação entre a dominação e exploração da natureza às bases socioculturais e ideológicas que solidificaram a hierarquia dos gêneros, naturalizaram práticas sexuais e instrumentalizaram as espécies não-humanas, reforçaram a máxima da contraposição entre ativos e passivos, fortes e fracos, masculino e feminino, cidade e campo. Esta linha de pesquisa visa a pensar as nuances presentes nas distintas formas de dominação contemporâneas, de modo a nos (1) possibilitar não somente um diagnóstico mais apurado acerca da estrutura opressiva que regula a categoria de “outro”, mas (2) propor bases teóricas para a defesa de uma concepção ético-política de justiça interseccional, que seja em um só tempo contra a exploração humana e não-humana.